quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Os homens não tem seios!

Olá caros leitores... Pois bem, estou aqui com um grande cansaço, e encantado por estar vertendo felicidade pelo fato de ser pai da pessoa mais bacana desse mundo: minha pequena Alice.
Esta noite passei, mais uma vez, por aquela experiência de ficar acordado a noite toda com o canto do nenê, "o berro", caramba...irritado a noite toda com uma vontade imensa de deixa-la cantar o quanto quiser, até que ficasse rouca e quieta...mas, me faltou coragem, e enfim, pensei: Imagina só você ir pra um lugar desse, mundo de doido, sons estranhos o tempo todo, ou melhor, o silêncio que antes não era conhecido dado os sons de dentro do corpo (pegamos pela internet os sons que a criança ouve quando ainda é um feto...uma mistura de aspirador de pó com batimentos cardíacos, um caos realmente)...
Pois é... mudei minha vontade... Coloquei-a em meus braços, a ninei, cantei e por fim Lidiani a tomou de meus braços e ela se calou como um anjo....Mães...sabem como é...elas tem um lance meio diferente com os filhos, uma ligação de cordão umbilical de ouro que pode durar a vida toda, podendo ser sim, o maior porto seguro...confesso que fiquei um pouco desapontado comigo, uma vez que não pude concluir minha tarefa com êxito, afinal, queria fazê-la dormir em meus braços...
Pensei na seguinte frase: Os homens não tem seios. Sim, não temos só o seio que alimenta, mas o seio que acalma, o seio paciente que guarda com prudência sua cria, somos homens de peitoral plano, pensando que por ser assim temos o peito aberto, mas somos a armadura fria onde se recobre os arvoredos escuros de nossa penosa falta de instinto de tranquilidade...as mães são de fato os seios que nutrem, inspiram leveza e calma, e aquece o mais frio dos invernos...
É caros leitores, esse foi meu sentimento, afinal, me senti um tanto inútil, não posso dar de mamar, não posso acalmar...mas...posso deixar a mamãe mais tranquila.... uma massagem nos pés, uma louça lavada, o quintal limpo, a casa em ordem, um pequeno trecho de poema nos ouvidos, beijos que só a paixão que explode dentro de mim pode dar...não tenho seio, mas tenho alma, e não me canso e nem me desespero de tentar ser a paz para essa batalhadora chamada de mãe, sou o castelo da rainha, e minha morada é o infinito, o pensamento, o amor, o afeto....Para a Alice, minha princesa, sou o protetor, o guardião, o escudo e o guarda-chuvas na noite chuvosa de suas lagrimas embebidas em cólicas noturnas, o canto cômico de um pássaro sem caudas e sem asas, o bailar de uma estrela torta a cair do céu....
Ter ou não ter seios? Eis a questão... É melhor guardar no peito e proteger o que se tem com amor e devoção, desafiar os males da cólica noturna com o fármaco natural e empenhar noites na vigia de um sono gripal...é mais nobre ser de fato o afeto e o concreto para que se funde em estruturas firmes a pensamento dos que hão seguir lutando para serem o seio do mundo...eis a unica questão, e a maior delas: O amor incondicional!

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